“Sem estratégia? Pede pra sair!” – pra tirar a estratégia do campo de batalha e ressignificá-la no campo da vida

Acho engraçado como a palavra estratégia é utilizada “a torto e a direito” quando se fala de não importa que tipo de planejamento: de vida, de carreira, de negócios…

Não sei você, mas depois do filme Tropa de Elite, toda vez que ouço ou leio essa palavra, lembro do Capitão Nascimento explicando o conceito de estratégia para seu batalhão:

“- O conceito de estratégia… em grego, estrategia… em latim, estrategie… em francês, stratégie… Os senhos estão anotando?
– Sim, senhor.”

Estratégia, na origem grega, está ligada à arte de fazer guerra: strategos (general) = stratos(exército) + agos (líder, comandante). Fico pensando como o uso levou essa palavra de origem militar para o nosso cotidiano e mesmo para o contexto corporativo. Parece que para mostrar a validade do raciocínio de qualquer plano, é preciso ter uma estratégia clara, com método científico comprovado, racional. E a intuição, onde fica? E quando no meio do caminho aquela estratégia não faz mais sentido, a gente faz o quê? Então, por outro, sem estratégia nenhuma pra nada, tá tudo bem?

Eu não condeno a palavra em si, mas seu uso indiscriminado. Por isso, sinto que ela merece uma ressignificação! Para mim, estratégia é um quebra-cabeças de possibilidades para manter o foco. É como se a caixa trouxesse a imagem final do que imagino montar (uma meta, um serviço, um resultado) e eu criasse as peças com pedaços do que tem valor pra mim, do que já tenho e peças em branco com bordas móveis, abertas a novos encaixes ao longo da montagem. A caixa traz a figura que imagino inicialmente, mas vai mudando ao longo da composição, das pessoas que encontro, do que leio/assisto/aprendo. Hoje sinto que não me apegar a uma imagem única para o final da montagem do quebra-cabeças me ajuda a manter o foco, pois o torna mais interessante, flexível, desafiador, orgânico. Sinto, assim, minhas estratégias mais vivas, de modo que coisas e fatos me afetem, do que bélicas, para atingir os outros. Será que é uma visão muito romântica de tudo isso? O que você acha?

O blog Escrevemos é um canal para estratégia de comunicação. Uma das peças do quebra-cabeças em que procuro compartilhar minha visão e emoção sobre as coisas, promover um pouco da experiência dos produtos e serviços da Incipit, enfim, divulgar meu trabalho a partir do que valorizo para que quem se identificar e precisar também dê valor.

Quer traçar uma estratégia personalizada, singular, com a sua cara para seu projeto de vida, de escrita ou de carreira? Manda uma mensagem pra mim e vamos conversar!