Nesta edição do “Incipit Hub encontra”, entrevistei a Giovana Belfiore, que conectou Marketing de Conteúdo com o conceito do Essencialismo para apoiar empreendedores a produzir conteúdos de forma assertiva, autêntica e na medida de seu tempo e braços. Em tempos de excesso de conteúdos e redes sociais como vitrine de negócios, Giovana defende que menos é mais: menos quantidade de conteúdos, menos ferramentas, menos investimentos e mais qualidade, presença, organicidade e leveza!
O Instagram fez a ponte entre nós. Conheci o trabalho de Giovana falando de empreendedorismo real, marketing de conteúdo e essencialismo pouco antes de encontrar Ana Fragoso. Quando Ana me convidou para participar do dossiê de Slow Marketing na Revista Coaching Brasil, comentei com ela sobre algumas pessoas que também se conectavam com essa temática. Uma delas era Giovana – sua empolgação com o convite de Ana acabou respingando em gratidão a mim (que só fiz uma ponte). Depois, ela também passou pela Oficina de Identidade Profissional, que foi quando me conectei ainda mais com sua temática e a força de seu trabalho autoral. Com Giovana, sigo aprendendo a simplificar minha produção de conteúdo, acolher a montanha-russa de emoções que é empreender e renovando o olhar para o que é essencial. Afinal, em tempos caóticos como os de hoje (pandemia+isolamento+política+etc), o essencial hoje é mais do que visível, está escancarado. Com vocês, Giovana:
Carolina – Incipit Hub: Gi, você atua hoje como Mentora de Design e Produção de Conteúdo Multimídia. Como é o seu trabalho?
Giovana Belfiore: Eu trabalho com marketing de conteúdo consciente para empreendedores que desejam se posicionar de maneira assertiva através dos seus conteúdos. As bases desse trabalho são o essencialismo e o marketing consciente, o que torna o processo humanizado tanto para quem produz conteúdo – sem todos aqueles “tens que” e respeitando a individualidade de cada pessoa – quanto para quem vai consumir esse conteúdo. O conteúdo é uma forma incrível de divulgar e expandir a mensagem de um negócio, e através de oficinas em grupo e mentorias individuais nós vamos lapidando, criando, redesenhando e cocriando conteúdos e estratégias para as redes sociais, blog e newsletter.
C.: Com a migração de vários negócios para o digital, a produção de conteúdos cresceu vertiginosamente, inclusive estimulando a criação de conteúdos apenas para manter a presença digital. Qual a sua visão sobre isso?
G.: Não concordo com a hiper-produção e distribuição de conteúdo como estratégia, pois essa forma de agir não se sustenta a médio-longo prazo para quem produz e faz barulho rapidamente para quem recebe, e aí a comunicação acaba saindo como um tiro no pé. Por trás do conteúdo deve existir propósitos, objetivos e estratégias bem definidos que levem N coisas em consideração, levando em conta a capacidade produtiva e agenda de quem vai se divulgar. A minha visão sempre é que menos é mais, especialmente para quem está começando.
C.: Com tantas marcas disputando espaço de fala nas redes sociais, como se motivar para começar ou continuar a produzir conteúdo? No que o empreendedor deve focar?
G.: Lembrar que a rede social embora importante para um negócio, não é o único caminho. Então, sua agenda e a agenda do seu negócio não precisam – e na minha visão não devem – girar em torno da produção de conteúdo. Uma dica é separar um ou mais espaços semanais para se dedicar a isso com mais foco. O foco do empreendedor deve ser construir uma base sólida de negócio e clareza sobre os seus fazeres (como diria Carolina Messias! rs) para aí começar a desenvolver conteúdos para divulgar esse negócio.
C.: Para quem tá começando um negócio, quais seriam os primeiros passos para produzir conteúdo com autenticidade e assertividade?
G.: Depois de buscar e construir a estrutura e a clareza que eu mencionei antes, planejamento é tudo! Eu gosto de fazer um brainstorming com todos os temas que eu posso e quero falar, depois descartar o que não tem muito a ver, depois categorizar pelos temas dos meus serviços e temas que eu quero compartilhar para depois pensar em formatos (foto, vídeo, texto) e canais de distribuição. Outra coisa é produzir conteúdos da maneira mais confortável possível, por exemplo, se todo mundo faz vídeo e fala que vídeo é a bola da vez e para você isso não é algo natural, legal, fácil, não faça! Simples assim. Se você ama texto, tenho certeza que vai fazer isso com todo seu coração e o alcance não vai perder pro vídeo. Tudo que é forçado transparece isso e consequentemente perde sua autenticidade, assertividade e conexão com as pessoas que recebem. É claro que a gente vai aprendendo as estratégias de alcance, como usar hashtags no Instagram, compartilhar o post nos stories e em outras redes e tudo mais, mas o formato deve respeitar muito as individualidades de cada um. Observação: evite seguir pessoas que falam que só se você fizer X coisa seu negócio vai andar, ou só se você usar X método, ou que você está perdendo vendas se não fizer X coisa. É cilada e só vai te gerar ansiedade.
C.: Como escolher as ferramentas ideais para usar no Design e Produção de Conteúdo?
G.: Eu adoro essa parte porque as ferramentas disponíveis facilitam a nossa vida e deixam a produção de conteúdo mais leve e fácil. Para quem está começando, eu gosto de dizer para não inventar moda: se você prefere fazer tudo pelo computador, não tente virar uma pessoa que faz tudo pelo celular, se você já usa certos apps, explore as funções deles, não mude tudo da noite pro dia. A segunda coisa é falar que essa parte geralmente está diretamente relacionada ao nosso perfeccionismo e que aqui, de novo, menos é mais. Não queira usar 1001 aplicativos ou fazer mega produções e edições nos seus conteúdos. Eu acho que fazendo isso encontramos a nossa praticidade. Eu já fui do time que fazia tudo pelo computador, depois misturei com alguns aplicativos no celular e hoje prefiro fazer o máximo de coisas possível pelo celular. Minhas recomendações: Canva (computador e celular) para criar e editar imagens, capas para Youtube e destaques do Instagram, MLabs (computador) para agendar publicações nas redes sociais – hoje não uso mais nas minhas publicações, prefiro postar direto pelo Instagram, mas ainda uso para clientes que estão presentes em várias redes e Inshot(celular) para editar fotos e vídeos. Por último, você vai ter que experimentar para saber o que funciona para você. Sempre que eu leio sobre um app novo, ou uma amiga me indica, etc., eu baixo para dar uma fuçada na interface e se achar bacana faço testes.
C.: Com que palavra-chave você definiria uma produção de conteúdo essencialista e autêntica e porquê?
G.: Leveza. Quando a gente entende e vive o menos e melhor dentro do nosso ritmo, é livre para ser quem somos no formato da nossa comunicação, respeitando nossas facilidades e dificuldades para divulgar o que a gente faz tudo fica mais leve. O conteúdo e o marketing entram num flow incrível e não pesam na nossa cabeça e rotina.
Saiba mais sobre Giovana Belfiore e as mentorias de Marketing de Conteúdo que ela oferece em seu site e redes sociais. Conheça também nossas estações de trabalho juntas, nosso collab aqui.
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