Em abril refletimos sobre a palavra-chave Consistência, a primeira das 6 propostas para 2018 da Incipit! Este mês, trago a segunda palavra-chave: EXCELÊNCIA.
Esse termo geralmente aparece nos valores de empresas tradicionais, nos discursos de autoridades para nomear (“Vossa Excelência”), qualificar (ações, produtos ou serviços) ou para exigir (como alvo a ser acertado). Para a maioria, é bonito dizer que buscamos excelência em nossas carreiras, em nossos negócios; é bonito ser workaholic e se sacrificar em prol da excelência. Eu também achava isso muito bonito e almejava isso como uma meta a ser alcançada, um feito!
Não percebia que havia um problema nessa busca, que ela era camuflada. Eu só via coisas boas e positivas na excelência, e mais, eu associava essa palavra à perfeição. Etimologicamente, excelência significa grandeza, elevação, superioridade, mas como “chegar lá”? Primeiro, entendendo que não existe “lá” nenhum. Segundo, para mim, foi ressignificar o termo Excelência como o resultado de uma equação:
Excelência = Tempo + Hábito
E ressignificar inclusive a etimologia, pois não fazia mais sentido “ser superior”, mas “uma prática de qualidade”, “um fazer qualificado e refletido”.
“A prática não leva à perfeição, leva à excelência.” (Milton Erickson)
“Somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito.” (Aristóteles)
Se somos o que fazemos repetidas vezes, podemos entender que a Excelência é irmã da Consistência. Afinal, uma prática consistente leva à excelência. Pensando nisso, podemos tanto ser excelentes reclamões quanto excelentes agentes de mudança; podemos tanto ser excelentes briguentos quanto excelentes conciliadores; e por aí vai.
O que temos tornado hábito em nossas vidas? No que temos nos tornado excelentes?
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