No discurso de profissionais que atuam com desenvolvimento de pessoas e grupos, coaches, trainers e palestrantes, o termo transformação é um dos mais citados ao lado de autoconhecimento e propósito. Defende-se a mudança de estado atual e a transformação como grande meta final das atividades de desenvolvimento de capital humano e liderança, bem como das metodologias de aprendizagem e programas de treinamento.
No entanto, muitas vezes é a conformação que toma o espaço da transformação: quando se insiste em encaixar a pessoa ou o grupo (a equipe) em uma determinada forma definida a priori, quando a construção do “novo” é na verdade algo muito semelhante ao que já está estabelecido, quando se evita a tensão e a complexidade para acomodar e motivar extrinsecamente os indivíduos.
Transformar significa “fazer mudar de forma”. Promover transformações envolve consciência da forma atual, questionamento de formas antigas, integrar a diversidade de ideias, autorresponsabilidade, autoimplicação, tempo e espaço favoráveis, aprendizagem contínua e ação.
Transformação é o que já estamos vivendo neste contexto de Quarta Revolução Industrial, a era da inteligência artificial, da bio e nanotecnologia e da automação da aprendizagem e dos transportes. É este o contexto que já impacta nossas relações pessoais e profissionais, nossa relação com a carreira e com o ambiente de trabalho. O Relatório do Futuro do Trabalho produzido pelo Fórum Econômico Mundial em 2016 anuncia transformações de atividades profissionais e de demanda de competências no mercado até 2020 (ou seja, praticamente amanhã). Competências como flexibilidade cognitiva, pensamento crítico, capacidade de negociação, gestão de emoções, de pessoas e de problemas complexos – todas que nos tornam insubstituíveis enquanto seres humanos.
Competências essas que, diferentemente das técnicas, não podem ser “conformadas”, modeladas, ensinadas de forma linear. As competências indicadas não só por esse relatório, mas por outras pesquisas de tendências do futuro do trabalho (como a da Ernst&Young) dependem de transformação, de mudança de forma, pois envolvem nossos modos de pensar, agir em grupo e nos relacionar. Ou seja, dependem de sair de discursos que se realizam apenas na teoria e tornar a palavra prática.
COMO O APPANA TRANSFORMA A PALAVRA EM PRÁTICA?
Desde o próprio conceito de território de aprendizagem e não de instituição ou escola. O aspecto geográfico da aprendizagem indica a defesa de Appana pela exploração, sem medo do desconhecido ou de terrenos áridos. Em vez de uma forma a ser ensinada, delimitamos contornos de aprendizagem e permitimos que a inteligência coletiva e individual tenha espaço para construir suas próprias fronteiras.
No Appana Território de Aprendizagem, acreditamos em transformações possíveis, efetivas e duradouras. Trabalhamos a linguagem como geradora de sentido para o desenvolvimento de competências relevantes para criação de ambientes de trabalho mais humanizados, incluindo líderes, gestores e pessoas que buscam crescimento.
Acreditamos na imersão na complexidade para transformar:
– o indivíduo, que produz a transformação coletiva;
– modos de pensar, que amplia a consciência, integra a diversidade e ativa a autorresponsabilidade;
– relações, que cultivem o diálogo, valorizem a participação individual e coletiva e sustentem bons negócios;
– resultados, que alcancem a excelência por meio de indivíduos atuando em sua potência juntos.
Acreditamos que já é tempo de deixar de lado os discursos que conformam para praticar os que efetivamente transformam. Afinal, o futuro do trabalho se cria agora e seus ecos já são uma realidade presente.
por Carolina Messias
Um ser letral, pesquisadora de processos de escrita, mestre em Literatura e coach com formação comportamental e ontológica. Reúne suas paixões por Comunicação Autoral e Desenvolvimento Humano na Incipit Hub.
Artigo originalmente publicado no blog do Appana Território de Aprendizagem em 3 de abril de 2019.
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