Identidade verbal é um conceito mais conhecido no universo das marcas, mais especificamente do branding, para indicar os elementos linguísticos e narrativos que as representam, por exemplo: nomes (naming e product naming), tom de voz, histórias… Nesse contexto das marcas, esse conceito apoia a construção de criações; por aqui, gosto de adaptá-lo para apoiar os processos de autoria e identidade profissional, isto é, dos “criadores” (não trato como marca pessoal, mas como autores). Acredito nessa “identidade” que as palavras refletem como um processo de tornar as palavras próprias, por meio de uma ordem e uso singulares.
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Apropriar-se de palavras não é sinônimo de cópia irrefletida, nem de repetição de modismos ou modelagem, mas de observação, encontro e cultivo de um território de palavras que orbitam e mobilizam nosso ser e nossos fazeres em relação com o mundo. A identidade verbal não está nem só no outro que vai receber a mensagem, nem só em nós mesmas/os, mas no espaço entre esses dois e o contexto.
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Qual a proposta desse conceito para a Comunicação Autoral? Como identificar/construir/reforçar sua identidade verbal? E o que você pode fazer com isso? Quero trazer essas questões na série Cartas para Destravar sua Voz Autoral deste mês. A correspondência sobre esse tema sai semana que vem por e-mail. Para receber essa e as próximas cartas mensais para destravar sua voz autoral, cadastre-se em bit.ly/NewsIncipitHub (tbm disponível no linktree).