“O universo do papel é, como uma casa aonde somos convidados, um espaço protegido, onde as leis do mundo exterior estão suspensas: os atos não têm as sanções e consequências que teriam do lado de fora […]. Isso não quer dizer que tudo é permitido: o convidado respeita o anfitrião, observa as regras e usos da casa. […] A auto-hospitalidade não significa necessariamente displicência. Trata-se, em geral, de uma mistura original de regras e liberdades.” (Philippe Lejeune, “O pacto autobiográfico – de Rousseau à internet”). .
Há uma forma de autoralidade que se expressa no ambiente privado, que é pouco dada aos olhos de outros além de si mesmo. Este espaço pessoal do diário, das notas, dos cadernos, das listas é onde podemos aprender a hospedar nossos rascunhos, reações, ideias, erros, rasuras, emoções e pensamentos “de pijama” – da forma mais confortável possível, segundo as “regras da nossa casa”. No bate-papo de amanhã na @lojafinafilo , às 11h, o convite é dar um primeiro passo na intimidade dessa escrita pessoal e experimentar um pouco essa auto-hospitalidade. Que tal começar ou retomar essa prática de escrever a vida com as próprias mãos?
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